Análise Crítica: documentário "Buena Vista Social Club" (1999)
- Bruna Cabral
- 18 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Em março de 2019, fiz uma análise crítica do documentário"Buena Vista Social Club" (1999), na qual apresentei meus pontos positivos e negativos sobre o projeto no geral que apresenta a história da banda cubana Buena Vista Social Club.
Confira a seguir:
Na década de 1940, “Buena Vista Social Club” era um clube de dança e atividades musicais localizado na cidade de Havana, Cuba, foi lá que a história do grupo Buena Vista Social Club começou. O lugar era frequentado por vários músicos, que encontravam-se para tocar juntos, entre eles: Manuel 'Puntillita' Licea, Compay Segundo, Rubén González, Ibrahim Ferrer, Pío Leyva, Anga Díaz e Omara Portuondo, que juntos, formaram a primeira composição de membros do Buena Vista Social Club. No decorrer dos anos, novos membros entraram no grupo, já o clube, foi fechado na década de 1950.
A partir da década de 1990, o grupo ganhou sucesso internacional quando, junto ao músico cubano Juan de Marcos González e o guitarrista americano Ry Cooder, iniciaram o projeto de gravação do disco “Buena Vista Social Club”. Em 2006, foi lançado “Rhythms del Mundo”, um álbum com o grupo em parceria com artistas internacionais como: U2, Maroon 5 entre outros. Atualmente eles estão em turnê mundial com “Orquestra Buena Vista Social Club”.
O documentário traz essa história misturando depoimentos do diretor Wim Wenders; dos cantores e do guitarrista americano Ry Cooder; imagem urbana da cidade de Havana; imagem musical das apresentações do grupo; a preparação e o desenvolvimento em estúdio. Ao longo de todo o documentário o reforço da história é dado por um dos vocalistas, Ibrahim Ferrer, onde nota-se as emoções pessoais e profissionais do artista.
As canções mais conhecidas do grupo como: "Chan, Chan" e "Dos Gardenias", compõem às fases utilizadas para contar a história, durante a exibição. Claramente vê-se a essência cubana na tela com os gêneros das canções como: Bolero; Guajira; Salsa e Rumba. E através do rico acervo apresentado ao telespectador, com os moradores pelas ruas e arquiteturas históricas, que deixa amostra a tradição da cidade.
Os truques de câmera utilizados, levam o telespectador para dentro da história, acompanhando sempre o movimento. Não só a música cubana, como a country, estão presentes. Na primeira vez, em que aparecem todos os integrantes, em estúdio, a sensibilidade das letras de suas canções e o enfoque em suas expressões, passam a emoção que sentem gravando as músicas.
A importância dos seguidores do grupo é demonstrada, inúmeras vezes, quando os cantores estão circulando pelas ruas históricas, cantando junto aos moradores, a câmera continua acompanhando o movimento lateral, fazendo quem assiste, sentir-se parte da cena.
O projeto também volta-se a acontecimentos importantes, que ajudam a história crescer, como se o documentário fosse o desenvolvimento ao vivo do grupo. A primeira apresentação do Buena Vista Social Club na cidade de Nova Iorque, EUA, é mostrada também junto aos integrantes visitando lugares turísticos e conhecendo a cultura americana.
A câmera está sempre focando na emoção pessoal quanto musical, deixando claro que as apresentações do Buena Vista Social Club são marcadas pelas letras vivas e emoções expressivas.

Fonte: Cine Cartaz
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